No Poupar Está o Ganho destacado no estudo “O Impacto Social das Fundações Portuguesas”
- Publicado em 13 outubro 2021
“A mudança sistémica é o objetivo último da inovação social. O NPEG [No Poupar Está o Ganho] foi o projeto que se revelou mais próximo dessa fase sobretudo porque conseguiu já incorporar a sua experiência e aprendizagem em documentos oficiais de referência para a ação na área da educação”, explica Raquel Campos Franco, Coordenadora do estudo “O Impacto Social das Fundações Portuguesas”, recentemente divulgado pelo Centro Português das Fundações.
Em declarações à Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, a docente da Católica Porto Business School detalha os motivos que traduzem a “Mudança Sistémica” conseguida através do No Poupar Está o Ganho: “O NPEG contribuiu já para o Plano Nacional de Formação Financeira e para o Referencial de Educação Financeira para a Educação Pré-Escolar, o Ensino Básico, o Ensino Secundário e a Educação e Formação de Adultos. Além disso, houve já transferência da aprendizagem de como desenhar e operacionalizar projetos de educação financeira para outros públicos, como para o projeto da Fundação «Eu e a Minha Reforma»”.
No estudo “O Impacto Social das Fundações Portuguesas” são também recordados alguns dos números que retratam a diferença feita pelo NPEG na sua comunidade de participantes. Se é certo que, por exemplo, mais de 60% dos alunos melhoraram as suas competências de literacia financeira, a Coordenadora do estudo reconhece que o impacto de projetos como este podem chegar bem mais longe. “Quando falamos em impacto social estamos a referir-nos a efeitos a prazo, e estes podem evidenciar-se ao longo de toda a vida das crianças e jovens que integram o NPEG. Ao longo da sua vida, enquanto adultos, várias das suas decisões poderão vir a ser influenciadas pelas experiências e aprendizagens no NPEG. E isso só se captará daqui a vários anos. Além disso, já hoje, há com certeza muitos impactos sociais positivos do projeto que não se conseguem medir”, explica Raquel Campos Franco.
Para além do No Poupar Está o Ganho e da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, o estudo da Católica Porto Business School reúne outros 11 projetos de Fundações privadas, sendo cada um deles apresentado também através de uma história de impacto social. Para além deste relato próximo do seu percurso e realidade, o No Poupar Está o Ganho foi ainda descrito num dos cinco Estudos de Caso que compõe este trabalho. “As fundações foram selecionadas por peritos que as sinalizaram como as que mais impacto social geram, com base nas suas perceções e conhecimento, e nessas, a equipa do estudo selecionou o projeto ou programa que se evidenciou como gerador de impacto social relevante”, adianta Raquel Campos Franco.
Com o principal objetivo de aprofundar a compreensão sobre o trabalho das Fundações, o trabalho da Católica Porto Business School sublinha que está inerente a estas entidades a capacidade de inovar e a vontade de fazer a diferença na sociedade. Características que a Coordenadora no estudo diz ser possível identificar no NPEG de várias formas. “Desde logo pela temática da educação financeira, verdadeiramente inovadora em Portugal e além”, afrma Raquel Campos Franco, que destaca ainda a medição de impacto social feita pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda como outro dos fatores inovadores do projeto. “O No Poupar Está o Ganho é também inovador na forma como atrai e mantém consigo escolas, com os seus professores e alunos, as famílias dos alunos, responsáveis autárquicos, o Banco de Portugal, entre outros. A Fundação Dr. António Cupertino de Miranda mantém permanente ligação com o terreno, escuta, aprende e ajusta. Esta postura ativa que encontramos na Fundação e no No Poupar Está o Ganho é uma característica distintiva e inovadora na forma de intervir na sociedade”, refere a investigadora e docente, cuja equipa conheceu a fundo o No Poupar Está o Ganho, inclusivamente, através da voz de alguns dos seus intervenientes e parceiros.
“Descobrir o NPEG em toda a sua história, caminho e resultados foi uma experiência inspiradora e gratificante para a equipa do estudo. Não só o projeto em si se revelou inequivocamente eficaz na contribuição para resolver o problema, como a postura da equipa da Fundação, próxima do terreno, dos atores, surpreendeu pela enorme sensibilidade com que gere a complexa teia de relações que sustenta o projeto, e pela enorme humildade com que se dispõe a aprender pelo caminho”, afirma Raquel Campos Franco.
O estudo “O Impacto Social das Fundações Portuguesas” está disponível para consulta completa através do site do Centro Português das Fundações.