OEF ajudam os alunos a serem cidadãos mais preparados e mais conscientes

Já são conhecidas as turmas vencedoras da edição deste ano das Olimpíadas de Educação Financeira, iniciativa integrada a 11.ª edição do projeto “No Poupar está o Ganho”! No total, estiveram envolvidos a nível nacional 3858 alunos, de 190 turmas, que participaram, durante os dias 8 a 19 de março, através da plataforma online do projeto onde foram disponibilizados diversos recursos e conteúdos pedagógicos relacionados com a literacia financeira e testados os conhecimentos adquiridos.

Os vencedores são: do 1º/2º Ano do 1º Ciclo do Ensino Básico, a turma SME3, da Escola Básica de Este (São Mamede), em Braga.

Do 3º/4º Ano do 1º Ciclo do Ensino Básico, a turma 4º C, da Escola Básica de Monserrate, em Viana do Castelo.

Do 2º Ciclo do Ensino Básico, a turma 6ºF, da Escola Básica do Cerco, no Porto.

Do 3º Ciclo do Ensino Básico, a turma 9º C, da Escola Básica e Secundária do Baixo Barroso, Venda Nova, em Montalegre.

E do Ensino Secundário, a turma 11.º SE3, da Escola Secundária Martins Sarmento, em Guimarães.

Falamos com alguns dos docentes que acompanharam estas turmas à vitória. Segundo Jacinta Silva, docente do 4º C da Escola Básica de Monserrate, de Viana do Castelo, turma vencedora do 1º ciclo de ensino, o projeto “No Poupar está o Ganho” “é muito interessante”. Os alunos “divertiram-se imenso e fizeram as fichas todas. E nem a pandemia os parou. Pelo contrário. Este projeto ajudou-os a aprender numa altura de paragem forçada”. A responsável disse ainda que este “é um projeto interdisciplinar que envolve as disciplinas de Português, Matemática, Educação Ambiental e Cidadania. E até o combate ao desperdício”.

Isto sem esquecer que este é um projeto de “continuidade”, adaptando os conteúdos e a linguagem às idades dos alunos, permitindo a estes terem uma consciência financeira. “Sei de muitos alunos que quando vão ao supermercado com os pais já estão atentos aos preços e sabem distinguir o que é uma necessidade de um desejo”. Mas esta consciência financeira não se fica por aqui. Os alunos apostaram noutras iniciativas e no Natal decidiram trocar prendas a custo zero. Trocar um brinquedo ou criar um e oferecer. Assim como aderiram à recolha de roupa para os alunos mais carenciados.

Opinião semelhante tem também José Ribeiro, professor do 6º F, do 2º ciclo da Escola Básica do Cerco, no Porto. “Ficamos muito contentes por vencer este desafio, não estávamos nada à espera”. Admitindo que muitos alunos desta escola estão desmotivados, e por isso não têm competências para saber gerir o seu dinheiro, o docente afirma que vencer este desafio mostra aos alunos que eles “tem capacidades”.  

José Ribeiro disse ainda que, este projeto “é um trabalho de equipa que junta várias disciplinas, o que é ótimo para os alunos perceberem a mais-valia do trabalho colaborativo, ajudando-os a desenvolver competências nesse sentido”. Para além disso, sentiu que os alunos “estavam motivados e empenhados” e que o projeto os ajuda a perceber melhor a importância do dinheiro. “Este tipo de iniciativas é muito importante e quando se trata de dinheiro mais ainda. Esta iniciativa pode vir a dar frutos mais tarde, porque de tudo o que eles aprendem alguma coisa fica sempre”, frisa o docente.

Já o vencedor do Ensino Secundário foi o 11ºSE3, da Escola Secundária Martins Sarmento, em Guimarães. A turma e a escola participaram pela primeira vez no projeto “No Poupar Está o Ganho” e, por inerência, no desafio das Olimpíadas de Educação Financeira. Para a professora Engrácia Bastos, os alunos desta turma são, de um modo geral, “bastante dinâmicos e participativos, pelo que evidenciam, de forma salutar, um espírito competitivo nos diversos desafios que lhes vão sendo colocados ao longo do ano letivo”, demonstrando que “adquiriram ou aprofundaram um conjunto diversificado de conhecimentos, aprendizagens e competências no âmbito da literacia financeira”.

Tanto para a docente como para os seus alunos, a vitória na 11ª edição das Olimpíadas de Educação Financeira (OEF) gerou um sentimento misto “de enorme satisfação e de surpresa”. “Representa um incentivo para continuarmos a aderir aos desafios provenientes desta ou de outras entidades da sociedade civil, pois contribuem muito para o enriquecimento da sua formação”, frisa a responsável.

Engrácia Bastos disse ainda que as “OEF ajudam os alunos a serem cidadãos mais preparados e mais conscientes no exercício dos seus deveres e direitos no domínio da literacia financeira, pois a participação nesta prova tinha subjacente a prévia apropriação de conhecimentos e de aprendizagens essenciais para alcançarem um excelente resultado. Acresce o desenvolvimento de competências de autonomia, de cooperação entre eles, bem como a necessidade de organização e gestão do tempo”. Nesse sentido, “a participação no projeto “No Poupar Está o Ganho” e nas OEF, em particular, contribui para dotar os alunos de múltiplas competências inseridas no perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória”, remata a docente.

As Olimpíadas de Educação Financeira (OEF) são uma iniciativa da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda (FACM) e têm por objetivo incentivar o interesse dos alunos pelos temas da educação financeira para que, de forma lúdica, se consciencializem da importância do dinheiro e adquiram competências com vista a um comportamento responsável do ponto de vista financeiro. A iniciativa insere-se no projeto de educação financeira “No Poupar Está o Ganho”, lançado em 2010 para promover a literacia financeira junto de crianças e jovens em idade escolar.

Se ainda não teve a oportunidade de ver, assista e fique a conhecer a turma finalista de cada município e os grandes vencedores a nível nacional, através do Facebook ou do YouTube!