"A aprendizagem e o seguro"

O papel do seguro passa, na maioria das vezes, despercebido à generalidade da população. E passa despercebido porque é matéria que não se ensina na escola nem mesmo nas universidades, senão de forma muito ligeira.

Mas, num mundo cada vez mais rodeado de incertezas, como demonstra a atual situação, todos os fatores de estabilidade, ganham importância acrescida. E o seguro é um fator de estabilidade.

O seguro, como o próprio nome sugere, é, acima de tudo, um insubstituível meio, ou instrumento, de proteção.

Meio de proteção que pode ser acionado quando ocorrem eventos imprevistos para os quais raramente estamos preparados, e que têm sempre um impacto, maior ou menor, na vida, integridade física e património de cada um de nós.

Mas, também, meio de proteção programada para enfrentar momentos que sabemos que vão acontecer, como é o caso da reforma por velhice, e que encontram resposta em diversos produtos de seguro, sendo os mais conhecidos os chamados Planos de Poupança Reforma (PPRs).

Os riscos e os seguros envolvem-nos, assim, permanentemente no quotidiano, embora muitas vezes o valor e importância do seguro só se revele verdadeiramente quando algum acontecimento inesperado dá lugar a que beneficiemos da cobertura e da rede de proteção quase invisível que o envolve.

Mas o seguro tem, também, um papel essencial no progresso e no desenvolvimento da sociedade. Perante situações de risco, em que o desconhecimento e a insegurança aumentam, é preciso que as pessoas e as empresas tenham a capacidade de agir, de inovar e de arriscar. Quando isso acontece as sociedades progridem e evoluem. E, por isso, se as pessoas e as empresas tiverem a tal rede de segurança e de proteção que o seguro oferece e que minimiza e mitiga os riscos, enfrentarão com outra determinação os imprevistos que necessariamente vão continuar a acontecer.

Ora, o (re)conhecimento do papel do seguro será tanto maior quanto mais esclarecida for a consciência e a sensibilização dos cidadãos e das empresas para os riscos a que estão expostos no seu dia a dia e para os instrumentos à sua disposição para se protegerem. A partilha de informação e a transmissão de conhecimento têm um papel decisivo na formação dessa consciência.

É por isso, que a atividade desenvolvida pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, liderada por uma equipa de exceção, que mesmo em situações adversas como a que vivemos, se reinventa e se adapta  para continuar a promover a educação financeira dos nossos jovens e também dos seniores, na lógica de uma aprendizagem que se vai fazendo ao longo da vida, merece um enorme aplauso.

A situação que vivemos é dura.

O futuro será certamente diferente daquilo que tínhamos projetado. Mas será, como sempre acontece, fascinante.

E temos a obrigação de o saber construir em bases mais sólidas, mais sustentáveis e mais seguras. Isso só será possível com pessoas mais instruídas e profissionais melhor qualificados.

Daí a importância de agirmos de forma colaborativa com todos aqueles que comungam desta vontade inabalável de divulgar informação e proporcionar conhecimentos que são essenciais para que enfrentarmos esse futuro com mais confiança e com mais segurança.

Sim, porque é no futuro que vamos todos querer viver.